Como desenvolver a coragem para seguir o coração
Aceitar a vulnerabilidade nos torna mais fortes para escutar nossa intuição.
Aceitar a vulnerabilidade nos torna mais fortes para escutar nossa intuição.
Seguir nosso coração exige coragem. Todas nós sabemos disso, especialmente quando nosso pensamento racional e lógico parecem dizer o contrário do que nossa intuição. É normal bater a dúvida: como saber se é hora de seguir o coração? A resposta é mais simples do que parece. Temos que desenvolver, primeiro, a coragem para confiar no que nossa intuição diz.
Antes de mais nada, precisamos nos lembrar que a palavra coragem não significa ausência de medo, como muitas pessoas costumam acreditar. Na verdade, é a nossa capacidade de agir apesar do medo. A própria origem da palavra coragem (coraticum, em latim) quer dizer "ação do coração", pois as pessoas acreditavam que era ali que residia sua bravura.
Ser corajosa, então, não quer dizer que vamos fingir que coisas ruins não acontecem ou que os riscos estão todos na nossa cabeça. Significa fazer uma escolha consciente de abraçar nossa vulnerabilidade em nome de algo muito maior e mais importante, tornando-nos capazes de buscarmos maiores aspirações e vivermos uma vida mais significativa.
Escute os sinais!
O primeiro passo é escutar a sua intuição para descobrir o que você realmente quer, seja no seu trabalho, carreira, relacionamentos, enfim, para a sua vida como um todo. Nosso corpo, mente e coração nos enviam sinais o tempo inteiro, mas precisamos estar atentas a eles. Ao tomar consciência de nossos objetivos, também conseguimos identificar nossos medos, aquilo que nos impede de avançar.
Depois, pense em outras situações no passado e tente se lembrar o que aconteceu em ocasiões que você agiu de acordo com seus medos. Há grande chances de você perceber que muitas vezes o resultado foi algum tipo de insatisfação ou decepção, quando não uma completa frustração.
Abrace sua vulnerabilidade
Muitas de nós crescem acreditando que demonstrar vulnerabilidade é um sinal de fraqueza, quando é justamente o contrário. O caminho para nos tornarmos mais fortes passa pela aceitação dos nossos medos, sentimentos e de que podemos errar, sim, e principalmente que não somos perfeitas.
Assumir a responsabilidade por nossos erros, demonstrar dor ou tristeza quando elas nos sufocam, ou até mesmo admitir que estamos enfrentando um momento difícil e precisamos de ajuda é admirável. Não há nada de errado com isso e não nos tornamos menos dignas de valor porque aceitamos que nossa força e fragilidade fazem parte de quem somos. Coragem é, então, a capacidade de parar quando não conseguimos seguir em frente e nos levantarmos quando nos sentirmos seguras para isso. A vulnerabilidade é o que nos torna humanas.
Coragem também é um hábito
Se a gente parar para pensar, sempre haverá uma razão para não fazermos algo. Toda vez que nos vemos diante de uma decisão, nossa mente sempre buscará razões para não agirmos, aceitando aquelas que se encaixam em nossos medos e justificam nossas inseguranças. É preciso ter em mente que a coragem é um hábito que praticamos diariamente - assim como uma atividade física ou a própria intuição. Quanto mais você exercita, mais você a fortalece.
É praticamente impossível mudar, criar ou viver sem inseguranças, incertezas e medo. Aceitar esses sentimentos como companheiros de jornada que devem ser respeitados, e não como um impedimento definitivo, é um ato de coragem e uma forma de honrar sua intuição. Nosso coração sempre diz a verdade, mas somente nós mesmas somos capazes de escutá-lo e segui-lo.