Aprendi a me conhecer melhor durante minha busca por felicidade
A fomentadora cultural Carlota Nogueira descobriu que o caminho da felicidade passa por autoconhecimento e amor-próprio.
A fomentadora cultural Carlota Nogueira descobriu que o caminho da felicidade passa por autoconhecimento e amor-próprio.
O que é felicidade para você? Cada pessoa tem uma resposta para esta questão. Há quem diga que é uma escolha. Outras acreditam que é a direção que escolhemos, não um lugar para se chegar. Para a fomentadora cultural Carla Nogueira, a Carlota, é uma forma de enxergar o mundo e a si mesma com gentileza e propósito.
"Felicidade para mim é estar sempre aberta para permitir que o novo venha. É o encantamento pelas pequenas coisas simples, a história das pessoas, um cheiro, um abraço, uma palavra", diz a moradora de Natal, no Rio Grande do Norte.
Aos 44 anos, ela tem colecionado grandes ensinamentos ao longo da vida. Um dos mais importantes é que cada obstáculo da vida pode ser uma oportunidade para aprender e amadurecer. E mesmo que pareça difícil no começo, ainda assim é possível erguer a cabeça e ser feliz.
"É a coragem diária de acordar e fazer, acreditar todos os dias que sou capaz de me reinventar. É saber que não é impossível conquistar o que sonho e vibrar por cada passo da busca da conquista", destaca.
Chegar até aqui, entretanto, não foi tarefa simples. Carlota teve de superar um relacionamento abusivo e aprender a se olhar com amor até conseguir compreender que era possível ser feliz novamente. No caminho, ela ainda passou por uma cirurgia bariátrica por questões de saúde, começou a entender seu corpo e a se ver de outra forma. "Hoje entendo que meu amor-próprio é tudo, sem ele nada funciona", ensina.
A fomentadora cultural, que também é DJ e judoca, percebeu que sua felicidade depende somente dela mesma e que não adianta se espelhar na felicidade alheia. Afinal, cada pessoa vive sua própria vida, com suas próprias vitórias e desafios. "Por isso tento ser paciente comigo, com meus processos internos, e achar entendimento em cada conquista, perda, dificuldade, amor, para que não pense que a vida só me sacrifica", diz.
Carlota lembra que, quando aprendemos a olhar para nós mesmas com amor, fica mais fácil não se cobrar demais. "A sociedade já cobra tanto uma felicidade plástica e que todo mundo deve ou tem que ter, e às vezes a felicidade está ali, depois de um banho você sentir o cheiro do seu cabelo lavado enquanto toma um café", diz.
O autoconhecimento desempenha um processo essencial nesse momento de vida da fomentadora cultural. "Quando eu sei o que gosto, o que me permito, o que eu aceito, eu sou feliz.", diz Carlota, que faz questão de ficar atenta à sua intuição. "Eu sigo o que meu coração manda, mesmo sabendo que nem sempre posso acertar, e tenho a sorte de sempre ser surpreendida por ele. Sei que se não fosse o meu coração, eu não estaria nem aqui", afirma.