Casei aos 52 anos e foi a melhor decisão que já tomei
Marlete Rita Ferrari Jungnitz havia desistido do amor, mas seguiu seu coração para viver uma nova história
Marlete Rita Ferrari Jungnitz havia desistido do amor, mas seguiu seu coração para viver uma nova história
No Dia das Mães de 2017, a comerciante aposentada Marlete Rita Ferrari Jungnitz subiu ao altar conduzida pela única filha, Glenda. Ao som de "Chegaste", de Roberto Carlos, era como se um filme de tudo o que ela havia vivido até então passasse em sua mente. Aos 52 anos, Marlete decidiu escutar seu coração e dizer sim a Michael Jungnitz, que conhecera dez anos antes. "Ele é meu príncipe, meu parceiro de vida. Casar com ele foi a melhor decisão que já tomei", diz.
Embora tenha vivido um primeiro casamento que foi bom por algum tempo, o fim da união foi bastante desgastante. "Sofri muito, fiquei completamente descrente de relacionamentos", lembra. Aos 36 anos e com uma filha para criar, Marlete revela que teve depressão e chegou a perder 19 quilos.
O sofrimento fez com que ela decidisse se fechar de vez para o amor e se dedicar exclusivamente à criação de Glenda, então com 8 anos. "Eu disse: 'filha, agora somos só nós duas'. E foi o que eu fiz: cuidei dela da melhor forma possível e sempre fomos muito parceiras uma da outra", conta.
Uma chegada inesperada
Moradora de Linhares, no Espírito Santo, Marlete costumava se reunir de tempos em tempos com um grupo de amigos, para o happy hour. Passados 7 anos desde o divórcio, em um desses encontros ela conheceu o engenheiro alemão Michael Jungnitz, 14 anos mais velho. "Ele era um homem muito sério e reservado e, assim como eu, tinha a história de um casamento que não deu certo. Com o tempo, nos tornamos amigos", diz.
Com muito em comum, a amizade entre os dois cresceu, mas Marlete se mantinha firme na decisão de não se apaixonar. "Na época minha filha ainda estava na escola e eu fazia questão de levá-la todos os dias. Então, dava o meu horário e eu ia embora", conta ela, que usou a estratégia para não se envolver.
Enquanto isso, Michael morava em um hotel e pouco conhecia da cidade, ainda que Marlete desse muitas dicas sobre lugares que ele poderia visitar. Um dia, ele tomou coragem e convidou a amiga para sair. "Fomos jantar e eu fui no meu carro. Depois disso foram meses até ficarmos juntos. Eu não queria passar novamente por aquele sofrimento", diz.
Vamos dar uma chance?
Assim como na música "Chegaste", de Roberto Carlos, o amor entrou na vida de Marlete e Michael de forma despretensiosa e sincera. Com um empurrãozinho de Glenda, claro. "Minha filha me deu uma sacudida, me incentivou a dar uma chance para nós dois". A garota, aliás, adorava o "paidrasto".
Apesar das diferenças culturais, o casal respeitou seu próprio tempo e cultivaram um relacionamento de parceria e afeição. Se no começo ficou em dúvidas do que faria, ela finalmente decidiu escutar o coração. "O Michael sempre foi paciente e carinhoso comigo.
Hoje, digo que ele é meu príncipe. Me casar com ele foi a melhor decisão que já tomei", garante.
"Até conhecer o Michael, eu não acreditava mais no amor. Hoje, eu tento fazer o bem para compartilhar esse amor", conta ela, que se dedica a fazer trabalhos voluntários. Sempre com um sorriso no rosto e uma risada contagiante, Marlete ainda revela seu segredo de beleza. "A melhor coisa para vida e para pele é seguir o coração e ser feliz."